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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aconteceu de novo!


Em primeiro lugar, considero qualquer tentativa de auto definição torta, uma vez que não somos pessoas acabadas e que os que se auto definem a torto e a direita se subestimam e se limitam, mas eu tenho que cometer essa burrice e dizer: eu sou um tolo!
Admiro de forma apostólica homens e mulheres que não desistem fácil daquilo que almejam e se entregam a seus sonhos e projetos com paixão, com tudo o que têm e são, muito embora isso seja arriscado. O resultado direto dessa minha admiração é absorver características e ideias de homens como Charles Chaplin ou Albert Einstein, que morreram um com uma profunda decepção com o ser humano e outro horrorizado como o que o tal ser fizera com o seu trabalho. A principal característica de alguns desses é um defeito que compartilho e tenho descoberto imperdoável: eu acredito nas pessoas. Talvez eu tenha herdado isso da minha mãe, com um toque de exagero dos apaixonados, mas, aprenda você que lê esta porcaria, é uma verdade absoluta o que diz Renato Russo em uma de suas músicas mais sábias: “Se você quiser alguém em quem confiar, confie em sim mesmo”. O ser humano é a pior porcaria que o ser humano já inventou e relativa é a verdade que dizem a respeito de terceiros.
Alguém aí pode estranhar o fato de eu considerar isso um defeito, mas o que posso dizer é que é por conhecimento de causa que o faço. Faço sim julgamentos a partir da aparência das pessoas, mas tenho aprendido o porquê de não serem inteligentes esses pré-conceitos. Entretanto, mesmo depois de toda essa seleção, há sempre alguém para lhe decepcionar e isso é cruel! Os homens vivem, mudam, erram, cometem delitos e pecados, mas nunca, absolutamente nunca, mostram inteiramente o que realmente são. Só com o tempo é que se descobre.
Desde moleque eu tenho aprendido a ouvir calado o que dizem sobre mim. Por mais duras que sejam, as críticas têm imenso valor pra quem sabe ouvi-las, e pra mim é uma meta aprender essa arte. Em função disso, de tempos em tempos e me vejo em algumas situações bem difíceis, em que são colocadas em uma péssima exposição a minha credibilidade e a minha imagem. E é por acreditar na mais fraca das pessoas – em mim mesmo – que não revido a críticas e a julgamentos sobre mim, mesmo sendo falhos ou injustos. Revidar é iniciar uma pequena batalha que, na verdade, esconde uma grande guerra. Guerras não são válidas nunca, muito menos quando os generais são os egos das partes. Não há vencedores em guerras. É tolice entrar nelas, por mais que pareça um sinal de força, de valor e de qualquer coisa, e que tolos são aqueles que delas fogem.
Como sou tão fraco como tolo, eis aqui a minha carta de rendição.

“Aprendi que se aprende errando...”
William Shakespeare.

Jomário Gama

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